A planificação econômica socialista - Revolução Russa - Resumo
A planificação econômica socialista - Revolução Russa - Resumo
Produzir secadores de cabelo ou sapatos para
crianças? O que é mais importante para um país? Se o país é pobre, com muitas
crianças esfarrapadas, parece mais interessante que, primeiro, os pezinhos
estejam protegidos, não é mesmo? Mas quem é que decide o que vai ser produzido?
O capitalismo é uma economia de mercado. Quem decide o que vai ser produzido são os empresários.
Afinal, a base do capitalismo é a propriedade
privada, e os proprietários das fábricas, terras e empresas são os
empresários capitalistas. O principal objetivo deles é o lucro. Eles investem capital no setor que der mais lucros. Dessa
forma, se fabricar secadores de cabelo der mais lucros do que fabricar
sapatos, o empresário vai investir em indústria de secadores. Perceba que isso
não é maldade com as
crianças: o empresário simplesmente não é maluco de produzir coisas que irão
dar prejuízo. Ele não quer ir à falência. O empresário
obedece às forças do mercado, que são incontroláveis.
Na
teoria marxista-leninista, o socialismo seria uma economia planificada. Em princípio,
como não
124 propriedade privada, o objetivo não seria o lucro do empresário, mas o bem-estar social. Assim, o próprio povo trabalhador decidiria o que deve ser produzido já que no socialismo a propriedade das
empresas é coletiva, ou seja, pertence a 'todo o povo
trabalhador.
Os marxistas dizem que a planificação econômica
mostra que o socialismo teria uma economia mais democrática e racional. Os defensores do capitalismo alegam que é impossível planejar toda a economia e que, por isso
o mercado e o lucro seriam os melhores meios para se escolher o caminho mais
eficaz e racional para a produção econômica.
Na
URSS stalinista, a planificação econômica pareceu dar certo durante algum tempo
Realmente, a indústria pesada se desenvolveu bastante. Entretanto, os planos econômicos não eram democráticos. O povo não participava, apenas cumpria as
ordens do governo Os planos eram todos feitos por técnicos e burocratas do
Estado. Muitas vezes, em vez de eficácia econômica havia mesmo era uma
administração confusa e lenta.