Revolução Federalista gaúcha - Resumo


 Revolução Federalista gaúcha - Resumo

No Rio Grande do Sul, no tempo de Floriano Peixoto, a situação era de guerra civil. Para você ter uma ideia, de 1889 a 1893, o estado teve dezessete governadores diferentes!
Os partidários do governador e o latifundiário Júlio de Castilhos exigiam que ele tivesse amplos poderes. Por
isso, também defendiam autonomia para cada estado do Brasil  Tinham o apoio de fazendeiros e grandes comerciantes de Porto Alegre.
Na oposição, estavam os federalistas, também chamados de maragatos. Seu líder era o fazendeiro Gaspar da Silveira Martins. Queriam que o Poder Executivo fosse limitado e que os deputados estaduais gaúchos tivessem mais poderes que o governador. Apesar do nome federalistas, aceitavam o poder central forte. Como Silveira Martins tinha sido senador no tempo do Império, os federalistas foram acusados de querer restaurar a monarquia.
almirante Custódio de Melo
Caricatura de 1893. 
O almirante Custódio de Melo,
 derrotado no Sul, 
é comparado a um 
rato engaiola­do.
 Vencedor, 
Floriano Peixoto diz a ele:"
Ahn! Encontramo-nos ou
 não nos encontramos?! 
Eis aí no que dão 
as espertezas de rato".
A Revolução Federalista gaúcha estourou em 1893. As tropas maragatas marcharam sobre Curitiba e Desterro (antigo nome de Florianópolis , onde tentaram se unir aos almirantes rebeldes que vinham do Rio (da Revolta da Armada, da qual falamos há pouco). Luta violenta. Os prisioneiros eram torturados e muita gente foi degolada.
Floriano Peixoto apoiava Júlio de Castilhos  Enviou forças para Santa Catarina e ordenou um banho de sangue em Desterro. Por isso, numa estranha homenagem ao homem que mandou fuzilar tanta gente por ali, a cidade passou a se chamar Florianópolis.
Por fim, em 1895, as tropas castilhistas derrotaram o exército maragato. Mais de dez mil pessoas tinham morrido. Será mesmo que nossa história sempre foi pacífica e cordial?
No final de seu governo, Floriano Peixoto tinha consciência de que não poderia se manter no governo sem o apoio dos homens mais ricos e poderosos do país, os grandes fazendeiros. Teve de se curvar à vontade deles  Terminou seu mandato em 1894, vestiu o pijama, calçou os chinelos e foi cultivar rosas na sua chácara.
O novo presidente da República, Prudente de Morais, era um cafeicultor paulista, ou seja, um civil.

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