O que foi o tenentismo - Resumo, República velha, consequências

Um resumo sobre o que foi / é A história do tenentismo na República Velha no Brasil, Era Vargas. As consequências, causas e motivos, conclusão. 


O hotel Copacabana Palace 1920
O hotel Copacabana Palace
no 
começo dos anos 20.
 Veja como Copacabana
ainda não tinha 
edifícios e
as ruas eram quase desertas.
Nesse calçadão 
marcharam
até a morte os bravos 
tenentes do
 episódio dos Dezoito do Forte, em 1922
Na década de 20, muitos rapazes patriotas do exército estavam irritados com o Brasil dominado pelas oligarquias estaduais. Resolveram que eles, por conta própria, é que deveriam mudar o país. Promoveram rebeliões em diversos quartéis. Os rebeldes mais entusiasmados eram as oficiais jovens, em geral tenentes (. Por isso, os historiadores chamam esse movimento de revoltas militares nos anos 20 de tataúba-Ao.
Os "tenentes" odiavam o Brasil dominado pelas oligarquias estaduais, pela fraude eleitoral, pelo atraso econômico, pelo coronelismo  pela Política do Café com Leite. Para acabar com tudo isso, procuraram estimular os militares a se revoltarem e a derrubar o governo.
É fácil entender o que eles não queriam: as oligarquias, o atraso, a corrupção. Mas qual era a solução apresentada pelos tenentes  Aí é que a coisa complicava, porque eles não tinham um projeto bem-definido. Apenas idéias vagas de nacionalismo (o governo passaria a vigiar as empresas estrangeiras

que investissem no Brasil), de botar o governo apoiando o desenvolvimento da indústria  em vez de se preocupar só com a agro exportação. Muitos tenentes nem eram democratas, acreditando que a solução para acabar com o domínio oligárquico seria unia ditadura militar.
O presidente Artur Bernardes (1922-1926) era especialmente odiado. Havia o boato de que ele tinha
Marcha dos Dezoito do Forte, em julho de 1922
Marcha dos Dezoito do Forte,
 em julho de 1922. 
Note o calçadão de Copacabana 
e a presença do civil. Pouco depois,
 quase todos estariam mortos.
escrito varras ofendendo os militares. Os tenentes ficaram furiosos. Nenhum deles tinha cabeça fria para examinar se as supostas canas de Bestardes eram verdadeiras ou não. Exigiam o pescoço dele porque queriam a cabeça das oligarquias. Foi assim que estourou a primeira grande revolta tenentista. Militares do Forte Copacabana, no Rio de Janeiro, deram tiros de canhão contra alguns quartéis. Com esse ataque, esperavam obter a adesão de outros militares. Mas os tenentes não tinham tantos seguidores assim. Ficaram isolados. Diante do fracasso, decidiram sair do quartel e caminhar pela rua da praia. Foi a célebre Marcha dos Dezoito do Forte, em 5 de julho de 1922 (observe que muitas cidades têm uma rua com o nome 5 de Julho). Eram mais ou menos dezoito pessoas, a maioria militares  Puxa vida, dezoito caras contra todas as forças militares do governo! Típico do tenentismo  coragem, ousadia, idealismo, força de vontade... O resultado foi que apenas dois escaparam vivos. O restante morreu com balas de fuzil e de metralhadora.
A Revolta dos Dezoito do Fone não deu certo na prática, mas serviu para divulgar as idéias das tenentes. Em todos os quartéis, havia gente admirada dizendo: "Viu? Esses caras têm mesmo peito! Nós devíamos nos juntar a eles, porque só assim é que este país vai mudar!". E foi o que aconteceu. Nos anos seguintes, cresceu o número de adeptos do tenentismo.

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