Constituição de 1891 e domínio oligárquico - Brasil República - Resumo
Constituição de 1891 e domínio oligárquico - Brasil República - Resumo
Durante toda a República Velha (1889 -1930), valeu
a Constituição de 1891. Nós vimos que essa Constituição
Assembleia Constituinte era composta por fazendeiros ou por políticos ligados
a eles. Não é difícil perceber então que a nova Constituição estava cheia de
artigos favoráveis às oligarquias rurais.
Estabeleceram-se
três poderes. No âmbito federal, o chefe do Poder Executivo era o presidente da República. Ele deveria administrar o país em constante diálogo com o Poder Legislativo constituído pelo Congresso Nacional. O Congresso, por sua vez,
era composto pelos deputados federais e pelos senadores Sua função principal
era elaborar leis federais (que valiam para todo o país) e fiscalizar os atos
do presidente. O Poder Judiciário era composto pelos juízes e tribunais que
zelavam pelo cumprimento das leis. Isso tudo era razoavelmente democrático e
mostra a influência da Constituição norte-americana sobre alguns pontos da nossa.
Mas não devemos nos enganar: no
fundo, essa Constituição favorecia as oligarquias.
O presidente, os governadores e
prefeitos, os deputados federais e estaduais, os senadores e os vereadores
eram eleitos com voto direto Mas nem todos podiam votar. Para começar, o
voto era masculino. As mulheres estavam excluídas. Também não votavam os
menores de 21 anos, os soldados, os padres e os analfabetos. Ou seja, mais de
80% dos brasileiros ficavam de fora.
Leitura despreocupada
da mulher rica.
A Constituição
republicana (1891) assegurava
o predomínio da
"boa sociedade".
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O federalismo significava que cada estado tinha muita autonomia. O poder
central praticamente não interferia, favorecendo as oligarquias estaduais,
que queriam liberdade para mandar em seus estados sem intervenção de fora.
A Igreja foi separada do Estado. Agora,
não existia mais religião oficial. Qualquer
grupo de crença religiosa poderia abrir
seu templo na rua. O Estado não tinha mais o poder de mandar na Igreja católica do Brasil.
Note que essa Constituição não incluía nada sobre direitos dos trabalhadores ou justiça social.