O Comunismo de Guerra (1918-1921) - Revolução Russa - Resumo
O Comunismo de Guerra (1918-1921) - Revolução Russa- Resumo
Os países capitalistas ficaram apavorados com a
revolução socialista na Rússia. E se ela se espalhasse pela Europa? Trataram então de formar exércitos e invadiram a Rússia soviética com o objetivo de derrubar
as bolcheviques. Ao todo, catorze países atacaram, incluindo forças militares
dos EUA, Japão, França e Inglaterra.
Claro que muitos russos não aceitavam os bolcheviques.
Principalmente os ricos, os burgueses e a nobreza, mas também muita gente da
classe média. As tropas distantes das grandes cidades, que não estavam influenciadas pelo movimento revolucionário, também se mantinham obedientes
às antigas autoridades. Formaram o Exército Branco, que tentou derrubar os bolcheviques e restaurar a ordem burguesa. Assim começou uma
sangrenta guerra civil entre os vermelhos (bolcheviques) e os brancas
(contra-revolucionários).
Esse período de guerra civil, juntamente
com a intervenção estrangeira, ficou conhecido como comunismo de guerra e durou de 1918 a 1921.
Para enfrentar os brancos e as invasores
os bolcheviques tomaram medidas que muitos consideraram o início de uma
ditadura do Partido Bolchevique, cujo nome foi mudado depois para Partido Comunista. Nem todos os
partidos eram anti-socialistas, mas os bolcheviques achavam que quem não
ficava do lado deles estava objetivamente, ajudando a contra-revolução. Por
isso, todos os outros partidos políticas foram proibidos. A imprensa passou a
ser censurada. Em todos os cantos desenvolvia se a crença de que qualquer um
que criticasse o governo era inimigo do proletariado e do socialismo.
Enquanto
isso, o governo soviético tomou quase todas as grandes fábricas bancos e empresas que passaram a ser propriedade do Estado, dirigidas por funcionários
nomeados pelo governo. A alta burguesia começava a desaparecer na Rússia soviética, e outras medidas radicais foram adotadas Nas empresas, os
salários de todos os trabalhadores foram quase totalmente igualadas. Procurou-se
abolir o uso do dinheiro, e os camponeses foram obrigadas a fornecer parte de
sua produção de graça para melhorar o abastecimento das cidades. A contra-revolução foi então derrotada. E você sabe por quê? Os soldados estrangeiros
invasores estavam exaustos. O mundo tinha acabado de sair da Primeira Guerra,
ninguém queria se meter em outra batalha. O Exército Branco se viu sozinho. Estava em minoria e
acabou batido pelo Exército Vermelho. Afinal, muitas camponeses russos lutaram bravamente ao lado dos bolcheviques porque temiam ter de devolver suas
terrinhas recém-conquistadas aos antigos donos (os nobres).
Em vez de atacar a Rússia, o Ocidente capitalista
preferiu cercá-la com um cordão
sanitário. A ideia era fechar a Rússia soviética para o mundo: não
ajudá-la em nada, não importar nada dela, não exportar, não emprestar dinheiro, não
fornecer tecnologia. Sufocar o pais e irritar o povo até que ele não aguentasse mais e derrubasse os bolcheviques.
A situação estava realmente complicada.
Pobre, arrasada pela Primeira Guerra, destruída pela guerra civil, a Rússia
viveu uma das mais terríveis epidemias de fome do século XX. Não havia comida
porque as plantações tinham sido destruídas pelas combates. Milhões de pessoas
morreram de fome. Houve casos de famintos que devoravam cadáveres frescos, daí
a lenda de que "comunista come criancinha".
Puxa, será mesmo que alguém sensato poderia imaginar que num país tão
atrasado e sofrido seria possível construir uma sociedade que superaria os
países capitalistas mais desenvolvidos? De certo modo, parece até uma
loucura, não é mesmo? O que você acha?