2º Presidente do Brasil Marechal Floriano Peixoto consolida a República do Café Resumo

2º Presidente do Brasil Marechal Floriano Peixoto consolida a
República do Café Resumo
Canhão Armstrong
Canhão Armstrong,
 parte importante da artilharia 
defensiva montada por Floriano Peixo­to 
para enfrentar a Revolta da Arma­da (foto de 1893).

O marechal Floriano Peixoto também era do exército. Tinha sido eleito vice-presiden­te e agora assumia no lugar de Deodoro.
A saída de Deodoro não tinha diminuído a tensão política. Muitos grupos rejeitavam Floriano: alguns generais e governadores partidários de Deodoro, além da própria ma­rinha, que ainda ameaçava bombardear o Rio. Mas Floriano tinha gente poderosa a seu lado, principalmente os deputados e senado­res do PRP (Partido Republicano Paulista), que representavam os fazendeiros mais ricos do Brasil. Esses cafeicultores queriam que Floria-no acabasse com os tumultos políticos e botas­se o governo nos trilhos. No caso, os trilhos da ferrovia que transportava café para a exporta­ção e os lucros para o bolso dos fazendeiros.
Floriano agiu como um ditador. Mandou prender quem o criticava, fosse jornalista, general, governador, almirante ou deputa­do. Em Santa Catarina, por exemplo, orde­nou o fuzilamento de inúmeras pessoas.
Mas Floriano tinha muitos admiradores. Geralmente, eram pequenos comerciantes, funcionários públicos e de escritório do esca­lão inferior, estudantes, jovens oficiais do exército e alunos da escola militar. Esses "flo­rianistas" receberam o apelido de jacobinos florianistas porque acreditavam que a ditadura republicana de Floriano protegeria a soberania nacional, combateria a corrupção e seria vantajosa para as camadas sociais populares.
Floriano apresentou uma personalidade política contraditória. Adotou medidas a favor dos pobres do Rio de Janeiro, como o tabela­mento do preço dos aluguéis e da carne (por causa do Encilhamento, a inflação era alta). Mas também foi um governante autoritário que perseguiu implacavelmente os opositores.
O apelido de "marechal de ferro" foi con­quistado na luta pela imposição de sua autori­dade. Floriano Peixoto não recuou diante das ameaças da marinha de bombardear a capital do país: fez um acordo com os Estados Uni­dos, que queriam aumentar sua influência econômica sobre o Brasil, e comprou deles uma nova frota de guerra para perseguir os al­mirantes da Revolta da Armada. A frota e as forças armadas vindas especialmente de São Paulo perseguiram e derrotaram os revoltosos.

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