2º Presidente do Brasil Marechal Floriano Peixoto consolida a República do Café Resumo
2º Presidente do Brasil Marechal Floriano Peixoto consolida a
O marechal Floriano
Peixoto também era do exército. Tinha sido eleito vice-presidente e agora
assumia no lugar de Deodoro.
A saída de Deodoro não
tinha diminuído a tensão política. Muitos grupos rejeitavam Floriano: alguns
generais e governadores partidários de Deodoro, além da própria marinha, que
ainda ameaçava bombardear o Rio. Mas Floriano tinha gente poderosa a seu lado,
principalmente os deputados e senadores do PRP (Partido Republicano Paulista),
que representavam os fazendeiros mais ricos do Brasil. Esses cafeicultores
queriam que Floria-no acabasse com os tumultos políticos e botasse o governo
nos trilhos. No caso, os trilhos da ferrovia que transportava café para a
exportação e os lucros para o bolso dos fazendeiros.
Floriano
agiu como um ditador. Mandou prender quem o criticava, fosse jornalista,
general, governador, almirante ou deputado. Em Santa Catarina, por exemplo,
ordenou o fuzilamento de inúmeras pessoas.
Mas Floriano tinha
muitos admiradores. Geralmente, eram pequenos comerciantes, funcionários
públicos e de escritório do escalão inferior, estudantes, jovens oficiais do
exército e alunos da escola militar. Esses "florianistas" receberam
o apelido de jacobinos florianistas porque acreditavam que a ditadura
republicana de Floriano protegeria a soberania nacional, combateria a
corrupção e seria vantajosa para as camadas sociais populares.
Floriano apresentou
uma personalidade política contraditória. Adotou medidas a favor dos pobres do
Rio de Janeiro, como o tabelamento do preço dos aluguéis e da carne (por causa
do Encilhamento, a inflação era alta). Mas também foi um governante autoritário
que perseguiu implacavelmente os opositores.
O apelido de
"marechal de ferro" foi conquistado na luta pela imposição de sua
autoridade. Floriano Peixoto não recuou diante das ameaças da marinha de
bombardear a capital do país: fez um acordo com os Estados Unidos, que queriam
aumentar sua influência econômica sobre o Brasil, e comprou deles uma nova
frota de guerra para perseguir os almirantes da Revolta da Armada. A frota e
as forças armadas vindas especialmente de São Paulo perseguiram e derrotaram os
revoltosos.