A República Velha - Resumo - (1889 -1930)
A República Velha - Resumo - (1889 -1930)
Esse período que vai
da queda do Império em 1889, até a Revolução de 1930 é chamado de República
Velha. Durante todos esses anos valeu a Constituição de 1891, que estabelecia
o voto direto para presidente. Mas o fato de o povo votar não queria dizer que
o governo fosse popular. Na verdade, as eleições da República Velha eram
famosas pelas fraudes e pela manipulação dos votos, sempre a favor das
oligarquias estaduais. Portanto, no final das contas, quem tinha mesmo o poder
eram as oligarquias estaduais.
Mas o que eram as
oligarquias?
Oligarquia quer dizer
"governo de poucos . Na República Velha, somente alguns grupos
privilegiados de latifundiários é que tinham ligações com o Estado e recebiam
apoio dele.
Imagine uma foto
daquelas antigas, com três fileiras de pessoas. Atrás, em pé, os homens de
terno. No meio, sentadas em cadeiras as moças e as senhoras. Na frente e sentadas no chão, vestidas de marinheiros, as crianças. A posição dessas pessoas na foto
indicava a hierarquia: os machos adultos, considerados os mais importantes,
ficam no alto., Essa foto amarelada é de uma rica família de latifundiários.
Nela, estão o pai, os fi-
lhos, os genros.
Entre eles, alguns ex-governadores, prefeitos, deputados e políticos
destacados do estado. Como você percebe, a família era muito importante.
Ninguém naquele estado podia ser eleito governador ou senador sem o apoio
dela. Percebeu? Latifundiários ricos, com poderes políticos naquele estado,
eles faziam parte da oligarquia dominante. Agora, se você saísse para outro
estado, veria que aquela família não tinha influência. Na Paraíba, por exemplo,
a oligarquia dominante era a família Neiva. No Ceará, mandavam os Acioly; em Pernambuco os Rosa e Silva; e assim por diante.
Todos os estados do Brasil
tinham suas oligarquias dominantes. Em alguns estados maiores, a oligarquia
dominante era formada por várias famílias de latifundiários. Era o caso, por
exemplo, do Rio Grande do Sul, de São Paulo, do Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Nesses estados, os partidos políticos existiam exatamente para esses grupos se entenderem. Era o caso, por exemplo, do PRP (Partido Republicano Paulista).
A Constituição de 1891
estabelecia o federalismo ou seja, que cada estado teria muita autonomia para
decidir seus próprios problemas. O poder central, na capital, estava diminuído. Você já deve ter percebido que esse federalismo interessava às oligarquias estaduais, que assim poderiam fazer o que quisessem em seus
estados sem ser incomodadas pelo poder central do país.