Questões sobre - República Velha - Brasil República

Questões sobre - República Velha - Brasil República

Para estudar: 

(RESPONDA COMENTANDO)

A República da Espada

O curto período do 1º Presidente do Brasil Marechal Deodoroda Fonseca     

2º Presidente do Brasil Marechal Floriano Peixoto consolida a

República do Café

O que foi O Encilhamento    

 Revolução Federalistagaúcha    

A República Velha     (1889 - 1930)

Política do Café com Leite    

A Política dos Governadores         

   

Os coronéis e voto de cabresto      

Constituição de 1891 e domínio oligárquico        

O café era um rei em decadência     

O apogeu da  borracha na Amazônia       

O café, os imigrantes, a industrialização

O imperialismo e a República Velha 

A República Velha já foi chamada de República dos Coronéis por causa do grande prestígio político que eles possuíam. Em muitos lugares, os coronéis até estavam em declínio econômi­co, e sua força vinha principalmente do controle que exerciam sobre os eleitores: o célebre "voto de cabresto".Vamos ler um pouco mais sobre o coronelismo na República Velha e ver como ele constituía uma peça importante da máquina política das oligarquias:

"A expressão 'coronel' advém do título da Guarda Nacional. Esse título significava autorização do poder central ao chefe local para que este possuísse 'gente armada' a seu serviço. (...) O título era 'entregue' ao chefe municipal de prestígio [o latifundiá­rio mais rico e ligado ao governo estadual] e a ele cabia todo o poder decisório ao ní­vel do município: econômico, político, judicial, policial. (...)

"O poder local, 'dono dos votos', ganhava força. Temos um compromisso entre o coronel, dono dos votos, e o Estado, com seus juízes e delegados de polícia. Em tro­ca da garantia da 'maioria', o coronel recebia juiz e polícia, obedientes a seus desman­dos e caprichos. A figura do coronel ganhava prestígio local e um poder que na verda­de era de fachada. Existia enquanto o coronel obedecesse o governo. (...) O coronel manda em seu pedaço, em suas 'pequenas questões', enquanto é obediente ao go­verno nas grandes questões".

(TREVISAN, Leonardo. A República Velha. São Paulo: Global, 1982. pp. 24-26.)

A partir do que é apresentado pelo autor do texto acima, procure responder: 1d Os jagunços eram bandos de homens armados que obedeciam cegamente aos coronéis. Quem autorizava os coronéis a ter esse grupo armado à sua disposição? 2. Os coronéis mandavam nos governos estaduais? Qual era a área em que valia o poder de um coronel? 1 Havia uma troca política de favores entre o coronel e o governo estadual. O que cada um dos lados oferecia ao outro? 4 Por que o autor diz que o poder do coronel era "de fachada"?

1. Durante uma eleição para governador do Rio Grande do Norte, na época da República Velha, o coronel José Bezerra Gaivão assim aconselhava um candidato:"Amanhã o senhor passará por Currais Novos, município de que sou representante; ali não haverá foguete, banquete e falação e é provável que não apareça ninguém com intuito de manifestação; vai o senhor se hospedar na casa do meu sobrinho Sérvulo Pires, porque o senhor anda aqui atrás de voto e não de manifestações políticas; tenho no meu município o que outro no Estado provavelmente não tenha:800 eleitores em Currais Novos são seus de portei­ra batida". Por que o candidato não tinha necessidade de fazer um comício para os elei­tores? De que modo ele obteria votos? Aponte quem tinha direito de votar e como era efetuado o voto, conforme a Constituição de 1891.

"São, pois, os fazendeiros e chefes locais que custeiam as despesas de alistamento e da eleição. (...) Documentos, transporte, alojamento, refeições, dias de trabalho perdidos, e até roupa, calçado, chapéu para o dia da eleição, tudo é pago pelos mentores políticos. (...) É, portanto, perfeitamente compreensível que o eleitor da roça obedeça à orientação de quem tudo lhe paga, e com insistência, para praticar um ato que lhe é completamente in­diferente." (Victor Nunes Leal, historiador.) Explique o modo como os coronéis contro­lavam os eleitores.

3.Em 1912, o jornalista Martim Soares apresentou alguns nomes de destaque no governo do Ceará, que naquele ano estava ocupado por membros da família Acioly (filhos, genros, cunhados de filhos, primos etc.): presidente do estado (governador), oito deputados esta­duais, o diretor, o vice-diretor e quatro professores lentes da Faculdade de Direito, o di­retor e cinco professores titulares da Escola Normal (para formar professores), o diretor do batalhão de segurança (espécie de polícia militar), professores do Liceu (a mais impor­tante escola de nível médio do estado), o diretor e o tesoureiro dos Correios, o chefe da inspeção veterinária, os três senadores do estado do Ceará, dois deputados federais. O jornalista completava ironicamente: "E quem afirmar que no Ceará há uma oligarquia, é porque é muito maldizente...". Explique o que eram as oligarquias estaduais.

4.Explique como o federalismo, estabelecido pela Constituição de 1891, favorecia o domí­nio das oligarquias estaduais.

5.Explique o que era a Política do Café com Leite.

6."(...) A autoridade federal [do presidente] (...) não se fará sentir no território do Estado, senão por motivo pertinente aos interesses gerais da União. (...)." (Campos Saltes, discur­so de 31/10/1897.) "(...) Dirigi-me (...) aos governos dos Estados, onde iniludivelmente re­side a verdadeira força política deste regime. (...) O meu pensamento era proporcionar a todos os grupos garantias iguais, com absoluta imparcialidade. (...)." (Campos Salles. Da Pro­paganda à Presidência, 1908.) Criada pelo presidente Campos Salles (1898-1902), a Políti­ca dos Governadores era um importante instrumento de estabilidade política durante a

República Velha. Explique o que era a Política dos Governadores. 7• Mostre como os coronéis dependiam dos presidentes (governadores) dos estados. 8• Diga o que a Constituição de 1891 estabeleceu a respeito da relação entre a Igreja e o Es­tado. 9• Caracterize a situação econômica do café durante a República Velha. 10.      "Artigo Primeiro: Durante o prazo que for conveniente, os Estados contratantes obrigam-se a manter, nos mercados nacionais, o preço mínimo de 55 a 65 frs. (...) por saca de 60 quilos de café." O que foi o Acordo de Taubaté ( I 906)? 11.     "(...) o seringueiro, ao fim da safra, está sempre a dever ao patrão e, quase irremissivel­mente, passa de um para outro carregado de dívidas, que a estes o jungem como se fora escravo?' (Jornal do Commércio, 1915.) Caracterize o chamado "ciclo da borracha" duran­te a República Velha destacando: a importância para a economia mundial; onde a borracha era produzida; a situação das classes sociais; os motivos para a decadência. 12.      Durante a crise do Encilhamento (1891), o escritor Artur Azevedo redigiu ironicamente: "Encilhamento, / Quem te vê e quem te viu! / Ouro, brilho e movimento, /Tudo agora se sumiu! / Quando a fortuna sorria, /Tu foste um ninho de heróis... / Encilhamento, hoje em dia, / Não vales dois caracóis!". Rui Barbosa, ministro do presidente Deodoro, criou um plano econômico que seria chamado de Encilhamento. Qual era seu principal objetivo? De que modo Rui procurou atingir sua meta? O objetivo foi alcançado? Quais foram os efei­tos negativos do Encilhamento? 13.      Durante a República Velha (1889/1930), instalaram-se várias fábricas no Brasil. De onde veio o capital para as indústrias de São Paulo e do Rio de Janeiro? 14.      "(...) a luta universal para conquistar o progressivo melhoramento do proletariado ou das classes assalariadas em geral começou a manifestar-se também no continente sul-ameri­cano, e de modo especial no Brasil. (...)" (Programa do Partido Socialista Brasileiro, São Paulo, 26/8/1902.) O aparecimento de fábricas fez com que surgisse uma nova classe social no Brasil, o proletariado. De onde vieram essas pessoas que trabalhavam como operários industriais durante a República Velha? 15.      Qual era o principal tipo de indústria que se desenvolveu na República Velha? Por que os empresários brasileiros tinham grandes dificuldades para desenvolver indústrias de aço e de máquinas pesadas? 16.      "(...) resulta que 75% dos lucros do comércio [no Brasil] (...) vão para mãos estrangeiras. (...) Há ainda dividendos [lucros] de capitais [estrangeiros] empregados nas empresas, pro­priedades, ações de companhias, de bancos, de títulos públicos, lucros das especulações de câmbio (...) pois que essas companhias [estrangeiras] nos arrancam todas as economias, fruindo garantias e vantagens de que não gozam as instituições nacionais.(...)." (Inocêncio Serzedelo. O problema econômico do Brasil, 1903.) Até a Primeira Guerra Mundial (19 I 4-1918), qual era o país que mais tinha investido capital no Brasil? Depois que a guer­ra acabou, qual era o país que mais abria empresas no Brasil?